Acidentes, Desastres, Segurança, Meio Ambiente, Riscos, Ciência e Tecnologia
quinta-feira, dezembro 11, 2025
INCÊNDIO EM FÁBRICA DE PRODUTOS PARA PETS EM MONTE MOR
Uma fábrica de produtos para
pets pegou fogo na madrugada de quinta-feira (4/12), na Rodovia Jornalista
Francisco Aguirre Proença (SP-101), região do bairro Casa Blanca, em Monte Mor
(SP).
CORPO DE BOMBEIROS
Segundo o Corpo de Bombeiros,
o chamado foi registrado por volta das 2h40, quando as chamas já se espalhavam
pelo galpão da empresa.
No total, seis viaturas foram
enviadas ao local. Equipes de Hortolândia (SP), Sumaré (SP), Nova Odessa (SP) e
Piracicaba (SP) atuam no combate ao incêndio, que se estende até o início da
tarde de quinta.
“No momento, a maior
dificuldade é que esse material lembra muito uma fralda infantil. São tapetes
para pets e eles absorvem muita água, o que dificulta, porque a água não chega
até o final”, disse o tenente do Corpo de Bombeiros.
O tenente também afirmou que
é preciso realizar a retirada de todo o material para que o combate às chamas seja
cessado por completo. Pelo menos 90 mil litros de água foram utilizados para
conter as chamas.
MATÉRIA PRIMA
A empresa tem como
matérias-primas celulose, plástico e papel, e fabrica tapetes higiênicos para
pets.
VÍTIMAS
Não houve vítimas.
DANOS MATERIAIS
Dois galpões de depósito da
empresa foram totalmente destruídos, e os bombeiros atuam na preservação do
prédio principal, onde ocorre a produção de mercadorias.
DEFESA CIVIL
A Defesa Civil da cidade
também prestou apoio com caminhão-pipa e retroescavadeira.
AS CAUSAS DE INCÊNDIO
Ainda serão investigadas. Fontes: EPTV e g1 Campinas e
Região-4/12/2025
INCÊNDIO DE GRANDES PROPORÇÕES NO HOSPITAL DE FORTALEZA
As chamas começaram um pouco
antes das 11h e atingiram a área externa do hospital. O fogo foi controlado por
volta de 11h30, de acordo com o Corpo de Bombeiros.
Nenhuma área assistencial do
hospital foi atingida pelas chamas e não há feridos.
TRANSFERÊNCIAS DE PACIENTES E
BEBÊS
Devido às chamas, 117
crianças bebês internados no hospital e 153 mulheres precisaram ser
transferidos para outras unidades hospitalares. Os pacientes foram encaminhados
para oito diferentes pontos da rede de saúde de Fortaleza — tanto municipais,
quanto estaduais.
BEBÊS LEVADOS PARA LOJA
Vídeos mostram a fumaça na
unidade hospitalar e diversos funcionários retirando pacientes às pressas. Os
bebês foram colocados provisoriamente nas lojas do centro comercial até a
chegada de ambulâncias.
Imagens de câmeras de
segurança mostram o momento que uma loja de acessórios de celulares recebe
quatro incubadoras com bebês retirados da UTI Neonatal do Hospital Geral. Dr.
César Cals.
Após 8 horas, a operação de
transferência dos pacientes foi encerrada. Ao todo, 153 mulheres e 117 bebês
foram transferidos para várias unidades de saúde da Capital.
INCÊNDIO OCORREU EM
SUBESTAÇÃO DE ENERGIA
Em nota, a Secretaria da
Saúde do Ceará (Sesa) disse que o incêndio foi registrado na subestação de
energia do hospital.
CORPO DE BOMBEIROS
"As equipes do Corpo de
Bombeiros e da concessionária de energia atuaram de forma imediata, controlando
as chamas e a fumaça prontamente. Nenhuma área assistencial foi atingida e não
há feridos", pontuou a pasta.
CONCESSIONÁRIA DE ENERGIA
ELÉTRICA
A Enel Distribuição Ceará
informou que "houve um defeito interno na rede de energia local, que é de
responsabilidade do Hospital César Cals".
A empresa realizou desligamento
emergencial na unidade hospitalar para garantir os trabalhos das autoridades.
Por volta de meio-dia, a UTI Neo foi ligada. Depois, foram ligadas outras áreas
prioritárias do hospital ao longo do dia.
"A distribuidora informa
ainda que também deslocou geradores e equipe especializada para prestar o apoio
necessário durante a ocorrência".
SUBESTAÇÃO DO HOSPITAL
A subestação de energia
elétrica do Hospital havia passado por manutenção um dia antes do incêndio
registrado no fim da manhã de quinta-feira (13), segundo o diretor-geral da
unidade de saúde.
Um grande estrondo e muita
fumaça foram alguns dos primeiros sinais do incêndio que atingiu as docas do
hospital, desencadeando um mutirão de funcionários e transeuntes para auxiliar
no combate às chamas e na retirada dos pacientes.
"Com a ajuda da brigada
de combate de incêndios do próprio hospital, conseguimos conter o fogo",
apontou o diretor do hospital, ressaltando que a área assistencial do local
"não foi afetada".
Apesar do ocorrido, o diretor
confirmou que todas as manutenções do hospital estavam em dia, o que não
indicava, em nenhum cenário, a possibilidade de ocorrências como a que foi
registrada. "Todos os equipamentos do hospital têm contrato de manutenção.
Nós temos alvará de funcionamento, concedido após inspeção este ano no
hospital. Então, ele tem a integridade mantida em todos os setores e tem
condições amplas de funcionamento", reforçou.
O diretor destacou ainda que
os extintores do hospital estavam "dentro do prazo de validade" e
haviam sido inspecionados. Todos se tornaram essenciais na ação da brigada de
incêndio para conter o fogo.
O Hospital vai ficar fechado
por tempo indeterminado. Fontes: Diário
do Nordeste-14 de Novembro de 2025; g1 CE - 13/11/2025
ANVISA MANDA RECOLHER LAVA-ROUPAS LÍQUIDO DA YPÊ POR CONTAMINAÇÃO
A Agência Nacional de
Vigilância Sanitária (Anvisa) determinou na quinta‑feira (27/11) o recolhimento
de lotes de sabão líquido de lavar roupa da marca Ypê.
De acordo com a agência, a
própria fabricante constatou a contaminação microbiológica nos produtos, a
partir da presença da bactéria Pseudomonas aeruginosa nesses lotes.
Lava Roupas Líquido Tixan Ypê
- versão Maciez (Lote 097021);
Lava Roupas Líquido Tixan Ypê
Express - versões “Combate Mau Odor” (Azul) (Lotes: 176011, 228011, 205011,
203011, 169011) e “Cuida das Roupas” (Rosa) - (Lotes: 181011, 170011, 220011);
Lava Roupas Líquido Ypê Power
Act (Lotes: 228031, 190021, 223021).
Além do recolhimento, está
suspensa a venda e distribuição dos lotes.
Anvisa determina recolhimento
de sabão líquido da marca Ypê por contaminação por bactéria.
Os consumidores que tiverem produtos dos lotes
citados devem entrar em contato com o SAC da empresa - 0800 1300 544. Os
consumidores irão receber um novo produto, informou a empresa.
Em comunicado, a marca Ypê informou
que a bactéria foi encontrada a partir de testes feitos por um laboratório
especializado independente.
A bactéria é comumente
presente no ar e na água, com baixa probabilidade de causar danos às pessoas,
conforme a nota.
"De forma isolado, o
microorganismo pode causar ou agravar eventual quadro infeccioso em pessoas com
sistema imunológico debilitado. E mesmo que este risco ainda seja minimizado
pelas características normais de utilização de um lava-roupas (diluição em
água, inexistência de contato prolongado com a pele), recolheremos os produtos
do mercado", diz a empresa. Fonte: Agência Brasil-Publicado
em 27/11/2025
TORNADO ARRASA A CIDADE RIO BONITO DO IGUAÇU NO PARANÁ
LOCALIZAÇÃO
Rio Bonito do
Iguaçu é um município localizado na região Centro-Sul do estado do Paraná, a
aproximadamente 400 quilômetros de Curitiba (capital do estado). O município,
com população estimada de cerca de 14 mil habitantes segundo
dados do IBGE de 2020, encontra-se próximo à cidade de Laranjeiras do Sul,
localizada a apenas 18 quilômetros de distância.
Registros mostram que as
rajadas provocaram destelhamento de residências, além de quedas de árvores e
postes.A cidade está sem energia elétrica
e quase 50% das estruturas da área urbana foram deterioradas.
Estima-se que mais de 50% da
zona urbana foi afetada por destelhamentos. Houve inúmeros colapsos
estruturaisde edificações comerciais,
de órgãos públicos e residências. A malhas viária foi comprometida e a rede
elétrica foi danificada. Informou a Defesa Civil.
TORNADO
O tornado atingiu
a cidade por volta das 17h30 de sexta‑feira (7/11). Segundo meteorologistas, o
fenômeno foi causado por um ciclone extratopical que atinge o sul do país.
Rio Bonito do Iguaçu foi a
cidade mais atingida, mas outros municípios da região, como Laranjeiras do Sul
e Guarapuava também sentiram os efeitos do tornado. O tornado atingiu a cidade
com temporal, vento forte e granizo, deixando um rastro de destruição.
A tempestade que atingiu a
cidade foi causada por um tornado formado dentro de uma supercélula, segundo o
Simepar (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná).
Na escala Fujita, que determina
a intensidade dos tornados, a tempestade foi classificada inicialmente como um
F2, quando são registrados ventos de 180 a 250 km/h. Horas depois, contudo, o
Simepar alterou o diagnóstico, elevando o fenômeno para F3 (entre 250 e 330
km/h).
INFRAESTRUTURA
ENERGIA ELÉTRICA
Segundo a Copel, 280 postes e
três torres de alta tensão da região foram derrubadas pelos ventos, deixando a
cidade no escuro.
ESTRADAS
Diversas estradas e rodovias
foram bloqueadas. As rodovias PRC-158, em Rio Bonito do Iguaçu, e PRC-466, em
Guarapuava, tiveram o tráfego de veículos interrompidos mas já estão liberadas. A desobstrução da
PR-170, por outro lado, deve demorar cerca de 10 dias devido à intensidade dos
estragos.
VÍTIMAS E RESGATE
Mortes – Ribeirão Bonito do
Iguaçu (7); Guarapuava (1)
Feridos - o serviço médico e
de socorro da região atendeu 835 pessoas. Mais de 30 pessoas seguiam internadas, sendo quatro delas em UTI
(Unidade de Terapia Intensiva).
DEFESA CIVIL
A Defesa Civil enviou para a cidade 2.600 telhas, 1.200 cestas básicas, 565 colchões, 270 kits higiene, 204 kits limpeza, 150 kits dormitório e 54 bobinas de lona.
Mais de mil pessoas ficaram desalojadas e ainda dependem de abrigos ou da ajuda de vizinhos e parentes.
Na cidade, escolas, postos de saúde e centros comunitários estão sendo usados como abrigos temporários.
MEDIDAS DE EMERGÊNCIAS
Diversas corporações estaduais
estão na região. Equipes dos bombeiros, da Polícia Militar, da Secretaria de
Saúde e de outros órgãos prestam auxílio. Há suspeita de vítimas presas em
escombros. Cães farejadores são usados nas buscas.
SAÚDE
Hospitais da região de
Laranjeiras do Sul, Guarapuava e Cascavel estão mobilizados para o atendimento
às vítimas.
Em Laranjeiras do Sul, os
atendimentos estão sendo realizados em duas unidades hospitalares, uma unidade
de saúde e uma faculdade. Em um dos hospitais, 216 atendimentos foram realizados
até o momento. Desse total, 51 foram transferidos para outras unidades, três
passaram por cirurgia de ortopedia, uma por cirurgia geral e dois pacientes
estão em Unidade de Terapia Intensiva (UTI), em estado instável.
Em outro hospital, 100
atendimentos foram realizados, sendo que cinco deles cirúrgicos, cinco pessoas
foram transferidas e duas crianças e cinco gestantes atendidas. Os demais casos
são de pacientes clínicos estáveis. Na Unidade de Saúde foram 103 atendimentos
e, na faculdade, 18 casos. Os pacientes que precisaram de transferências foram
levados para o Hospital Universitário de Cascavel e o Hospital Regional de
Guarapuava.
Mais de 30 ambulâncias da 5ª
e 7ª Regionais de Saúde estão disponíveis para atendimento, com mais de 100
profissionais de saúde e voluntários envolvidos. Os Pronto Atendimentos de Nova
Laranjeiras, Cantagalo e Saudade do Iguaçu também foram disponibilizados para
receber as vítimas.
O Centro de Medicamentos do
Paraná (Cemepar) foi acionado e enviou 1.000 unidades de soro 500 ml e 1.000
unidades de ringer (outro tipo de soro) para apoio aos hospitais de Laranjeiras
do Sul. Municípios da região do desastre também estão doando medicamentos e
insumos para as unidades que estão recebendo os pacientes.
A Secretaria Estadual da Saúde
(Sesa) também está enviando cerca de 10 mil unidades de 17 tipos de materiais
diferentes, incluindo ataduras, seringas, compressas, agulhas, entre outros
insumos, que auxiliarão os hospitais nos atendimentos das vítimas.
TESTEMUNHAS DO EVENTO
·A dona de casa
Kelly, que viu sua casa desabar diante dos olhos. "Tudo aconteceu muito rápido.
O céu escureceu, começou a ventar e derrubou a janela. Só deu tempo de pegar um
colchão pra colocar em cima da minha família pra proteger. Mesmo assim, duas
tias ficaram feridas. Da casa não sobrou nada", contou ainda em choque.
·Vendaval durou de
30 a 40 segundos e "detonou tudo", disse Adilson Camilo, morador de
Rio Bonito do Iguaçu."Começou a voar tudo. Voaram telhas, parede. Tudo o
que você imaginar", contou. Corremos para o banheiro e o banheiro voou,
começou a rachar. Corremos para o quarto de visitas e começou a desabar.
Corremos para o nosso quarto, nos abraçamos a pedimos a Deus: 'Deus, ajuda a
gente, por favor', disse Adilson Camilo.
·Na quadra ao lado,
Eliandro Felan, dono de uma conveniência, também não sabe como será o futuro. O
telhado do estabelecimento foi arrancado pelo vento, a fachada voou longe e o
ar‑condicionado despencou sobre um cliente que estava no local e precisou ser
levado ao hospital. "Agora, na verdade, vai ser tudo do zero. Vamos ver
como será, como virão as ajudas e ver como vai ficar", afirma.
·Roseli Pereira de
Souza é dona de uma panificadora, conta que, no momento em que o tornado
atingiu a cidade, estavam trabalhando. O vento destruiu o estabelecimento, mas
os cinco funcionários e os clientes que estavam no local não se feriram. "A
gente ainda não parou pra pensar como será daqui para frente. Primeiro estamos
vendo os estragos, ver o que dá para aproveitar." Ela não sabe estimar os
prejuízos, mas diz que a destruição foi total.
·A técnica de
enfermagem aposentada Glaci Tereza Merlak, 63, estava em casa com o marido,
Vilmar, quando o tornado iniciou. Eles conversavam sobre a possibilidade de
temporal quando foram surpreendidos pelo vento forte. O marido tentou segurar
uma porta de vidro, que acabou estourando e o jogou contra uma geladeira,
arrastada por vários metros. Ferida, ela procurou ajuda dos vizinhos.
"Tentamos abrir a porta para pedir socorro, mas não havia a quem, porque
todos estavam na mesma situação", relata.
·A aposentada
Tereza Bittu, 88, conta que um fogão salvou sua vida. A parede da casa desabou
em sua direção, mas um fogão que estava em um local mais elevado da residência
serviu como proteção. Socorrida por um vizinho, com apoio de policiais, ela foi
levada para um hospital de Laranjeiras. O olho roxo e marcas pelo corpo mostram
o impacto de objetos contra ela. "Eu acho que escapei foi pelo amor de
Deus", afirma. A aposentada está na casa de uma filha em Laranjeiras do
Sul.
LIMPEZA DA CIDADE
O coordenador da Defesa Civil
do estado, afirmou que a cidade deve estar limpa em dois ou três dias, com a retirada
de entulhos e escombros.
PREJUÍZOS
A Confederação Nacional de Municípios
(CNM) estimou que os prejuízos já ultrapassariam 114,5 milhões.
RECONSTRUÇÃO
Cerca de 40% dos imóveis da
cidade precisarão ser totalmente reconstruídos, aponta relatório preliminar Crea
(Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Paraná) e da Cohapar (Companhia
de Habitação do Paraná).
Os outros imóveis atingidos,
60%, ainda teriam condições de passar apenas por reformas, sem necessidade de
demolição.
Segundo a concessionária de
energia, Copel, cerca de 200 profissionais estão na cidade para restabelecimento
de energia elétrica. Fontes: Correio do
Povo-08/11/2025; Folha de São Paulo - 8.nov.2025; BBC News Brasil - 8 novembro
2025; UOL- 08/11/2025; UOL- 09/11/2025; Folha de São Paulo - 9.nov.2025; Folha
de São Paulo - 10.nov.2025; Folha de São Paulo - 11.nov.2025
ATUALIZAÇÕES DAS
INFORMAÇOES – 26/11/2025
·Tornado em Rio Bonito do Iguaçu e Guarapuava, Paraná,
foi classificado como F4 com ventos de até 418 km/h, conforme laudo do Simepar.
·Onze cidades foram atingidas; Turvo teve ventos F2.
Inicialmente, ventos foram estimados em F2, mas elevou-se para F3 antes de
confirmar F4.
·Destruição em 90% de Rio Bonito do Iguaçu deixou mais
de mil desalojados e sete mortos, incluindo um caso de morte por estresse
pós-traumático.
O laudo técnico elevou para
categoria F4 os ventos em Rio Bonito do Iguaçu e Guarapuava. Nova avaliação foi
divulgada hoje pelo Simepar (Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do
Paraná).
O que aconteceu
Um tornado de categoria F4 na
escala Fujita, tem ventos estimados entre 332 km/h e 418 km/h. Simepar concluiu
nesta semana o laudo técnico que detalha a trajetória e a classificação dos
três tornados que atingiram 11 cidades do Paraná naquela data.
Ventos que atingiram cidade
de Turvo foram mantidos na categoria F2. Neste caso, a velocidade do vento é
estimada entre 180 km/h e 253 km/h.
Onze municípios foram
atingidos: Rio Bonito do Iguaçu, Turvo, Guarapuava, Quedas do Iguaçu, Espigão
Alto do Iguaçu, Nova Laranjeiras, Porto Barreiro, Laranjeiras do Sul, Virmond,
Cantagalo e Candói.
Inicialmente, o Simepar
estimou ventos de 250 km/h (F2), mas dias depois elevaram para 330 km/h (F3). A
escala Fujita, sistema usado para classificar tornados, vai até o nível F5.
Aviões têm. Carros também.
Por que não trens? A resposta não é tão óbvia: uma mistura de design, física e
um pouco de economia.
Os trens de fato não são o
meio de transporte mais comum no Brasil. Mas se você já viajou pela ferrovia
Vitória-Minas, a Estrada de Ferro Carajás ou mesmo em um trem europeu, deve ter
notado uma característica particular: não há cintos de segurança.
Os carros têm, os ônibus e os
aviões também, mas nos trens eles não são obrigatórios nem comuns. No Brasil, o
cinto de segurança é obrigatório apenas nos assentos reservados para pessoa
portadora de deficiência. A razão, segundo especialistas, não é a falta de
preocupação com a segurança, mas sim uma combinação de fatores técnicos,
práticos e econômicos.
Para começar, os acidentes
ferroviários são extremamente raros. Dados da Comissão Europeia de 2019 indicam
que o risco de morte para um passageiro de trem na União Europeia é de apenas
0,09 mortes por bilhão de quilômetros percorridos, cerca de 28 vezes menor do
que no transporte por automóvel. Diante dessa baixa taxa de acidentes, equipar
todos os trens com cintos seria um gasto difícil de justificar, conforme o IFL
Science.
Mas a explicação vai além dos
custos. Os trens são projetados de forma muito diferente dos carros: os
passageiros podem viajar em pé, caminhar entre os vagões ou trocar de assento.
Essa variedade de posições torna impossível garantir o uso do cinto no momento
de um acidente. Neste cenário, os passageiros que circulam livremente podem se
tornar projéteis humanos, colocando os demais em risco.
Um relatório de segurança
ferroviária explica que a maior parte das lesões em acidentes de trem ocorre
devido ao impacto dos passageiros contra os assentos. No entanto, nos trens,
eles são projetados para absorver o choque e limitar o movimento corporal,
reduzindo a gravidade das lesões. Nesse contexto, os cintos de segurança não
trariam uma melhoria significativa e, em alguns casos, poderiam até piorar os
resultados.
POUCO PRÁTICO
Pesquisadores também testaram
a instalação de cintos de segurança de três pontos, semelhantes aos usados em
automóveis. Os resultados foram mistos: os passageiros que os usavam sofriam
menos lesões e os que não os utilizavam saíam mais prejudicados ao colidir com
assentos mais rígidos. Entretanto, chegou-se a detectar um aumento de lesões
cervicais em mulheres de baixa estatura e adolescentes.
Além disso, o cinto de
segurança de três pontos não pode ser facilmente adaptado aos assentos
existentes dos trens, o que exigiria a substituição de toda a infraestrutura
interna dos vagões.
Assim, instalar cintos de
segurança em trens também seria pouco prático. Como explicou o jornal americano
The New York Times, a opção mais simples e econômica — o cinto de dois pontos
usado em aviões — não protegeria adequadamente os passageiros em trens, que se
movem lateralmente, além de para frente e para trás.
Em teoria, se todos os
passageiros permanecessem sentados e com os cintos afivelados durante toda a
viagem, os cintos poderiam melhorar a segurança. Mas isso quebraria a essência
da experiência de viajar de trem, em que os passageiros valorizam a liberdade
de se movimentar, levantar-se ou ir até o vagão restaurante.
"Isso tem sido
considerado por muitos anos”, explicou em 2017 Steven R. Ditmeyer, ex-diretor
de pesquisa e desenvolvimento da Administração Federal Ferroviária dos Estados
Unidos, ao site Global News. "Em nenhum lugar do mundo se usam cintos de
segurança em trens. As pessoas gostam de viajar de trem justamente pela
liberdade de se levantar e caminhar, e os funcionários não querem ter que
obrigar os passageiros a usar cintos.”
Portanto, ao menos por
enquanto, a resposta parece clara: os cintos de segurança não são necessários
nos trens, não porque não sejam importantes, mas porque o design, a segurança
estrutural e a baixa taxa de acidentes fazem com que viajar sem eles continue
sendo uma das formas mais seguras de locomoção. Fonte: DW - 19 de
outubro de 2025
Fenômeno pode elevar as
temperaturas das cidades de 10 a 15 °C, expondo moradores a riscos associados
ao calor extremo.
"Ilhas de calor
urbanas" são áreas metropolitanas que ficam significativamente mais
quentes do que seus entornos rurais devido à concentração de edifícios, áreas
pavimentadas e atividades humanas, como a condução de veículos poluentes.
Como resultado, as ondas de
calor se intensificam nas áreas urbanas, que já abrigam metade da população
mundial. A estimativa é que esse número chegue a quase 70% até 2050. Tal
efeito, conhecido como "ilha de calor urbana" pode elevar as
temperaturas em 10 a 15 °C, expondo os moradores da região aos riscos
associados ao calor extremo.
O QUE CAUSA AS ILHAS DE CALOR
URBANAS?
As áreas rurais geralmente
são cobertas por grama, plantações ou florestas, o que ajuda a resfriar o ar. O
concreto escuro e o asfalto da cidade, por outro lado, absorvem o calor.
As plantas funcionam como um
ar-condicionado natural, captando água do solo através de suas raízes e
liberando-a no ar na forma de vapor. Superfícies impermeáveis, duras e escuras,
como calçadas, estacionamentos e ruas asfaltadas, não permitem a penetração da
água e, portanto, não proporcionam esse efeito de resfriamento.
Prédios altos e ruas
estreitas podem aquecer o ar que fica preso entre eles. Esses "cânions
urbanos" podem bloquear o fluxo natural de vento que, de outra forma,
ajudaria a resfriar a área. A poluição causada por automóveis ou pela queima de
combustíveis fósseis pode atuar como uma pequena camada de efeito estufa sobre
uma cidade, retendo o ar quente.
Ilhas de calor costumam se
formar ao longo do dia, à medida que calçadas e telhados emitem mais calor
solar – atingindo o pico entre três e cinco horas após o pôr do sol. Do nascer
do sol até o final da tarde, essas superfícies são expostas à intensa radiação
solar e absorvem calor através de inúmeras camadas. Esse calor armazenado é
então liberado lentamente após o pôr do sol.
ONDE SEU EFEITO É MAIS
INTENSO?
Cidades maiores tendem a
armazenar mais calor do que as menores. Os centros urbanos de Londres e Paris
costumam ser cerca de 4 °C mais quentes do que seus arredores rurais à noite. O
efeito de ilha de calor é ainda agravado pelo aumento das temperaturas globais.
O ano de 2024 foi o mais
quente já registrado, com cerca de 1,55 °C acima dos níveis pré-industriais.
Sob as políticas atuais, a previsão é que esse aumento chegue a 2,7 °C até o
final do século. O prognóstico se explica pelo atual volume de queima de
combustíveis fósseis que aquecem o planeta e liberam gases de efeito estufa na
atmosfera.
Essas mesmas ilhas de calor,
aliás, podem estar agravando ainda mais as mudanças climáticas, pois
impulsionam a demanda por ar-condicionado, que, por sua vez, em muitas regiões
são movidos com energia gerada pela queima de combustíveis fósseis.
COMO RESFRIAR AS CIDADES?
Soluções para minimizar esse
efeito incluem tornar as cidades mais verdes, adicionando aos centros urbanos
árvores, arbustos e outras vegetações mais resistentes à seca, além de fontes e
lagos, telhados verdes ou "frios" que absorvem e transferem menos
calor do sol para os edifícios.
Esses telhados frios refletem
mais luz solar do que uma superfície convencional e, portanto, aquecem menos.
Telhados brancos permanecem mais frescos e podem refletir cerca de 60 a 90% da
luz solar, mas outras superfícies refletoras também são uma opção.
Cidades como Nova York, por
exemplo, começaram a pintar os telhados de branco em 2009 para ajudar a conter
o efeito ilha de calor. Telhados mais frios também podem reduzir as
temperaturas internas dos edifícios em até 30% e diminuir a poluição do ar e as
emissões de gases de efeito estufa, reduzindo a demanda por energia para resfriar
prédios.
No nível do solo, alguns
países optam por borrifar água nas calçadas para resfriá-las. No Japão, essa
prática tradicional centenária é conhecida como "uchimizu".
Outros preferem misturar
espaços residenciais, comerciais e recreativos ou instalar "pavimentos
frios" que usam materiais permeáveis para refletir mais a radiação solar
e aumentar a evaporação da água.
Megacidades como Los Angeles
e Tóquio já pavimentaram suas ruas com cores mais frias. Um estudo em um dos
bairros mais quentes de Los Angeles confirmou que um revestimento reflexivo é
capaz de reduzir o efeito de ilha de calor.
A prefeitura de Tóquio já
instalou cerca de 200 quilômetros dessas calçadas, priorizando áreas no centro
da cidade. Até 2030, a capital japonesa pretende cobrir 245 quilômetros de vias
metropolitanas.
A pequena cidade-estado
asiática de Singapura, por sua vez, tornou-se uma das cidades mais verdes do
mundo. Com mais de 40% de cobertura verde, ela conta com espaços destinado a reservas
naturais e parques, jardins e vegetação.
Até 2030, a cidade planeja
que cada cidadão tenha acesso a um parque a uma distância de dez minutos a pé.
Singapura também limita rigorosamente o número de carros em suas ruas por meio
de um caro sistema de licitação, com uma cota máxima para o número de veículos
que podem ser registrados. Fonte: DW - 22/09/2025
TUFÃO KALMAEGI DEIXA UM RASTRO DE DESTRUIÇÃO NAS FILIPINAS
Em 2 de novembro de 2025, o
ciclone tropical Kalmaegi tocou o solo
na Filipinas como uma tempestade tropical e rapidamente se intensificou para um
tufão enquanto se deslocava para oeste através das Visayas. O ciclone tropical atingiu
a costa diversas vezes – primeiro em Silago, Leyte do Sul, seguido por Borbon,
Cebu, Sagay City, Negros Ocidental, Iloilo City e El Nido, Palawan – trazendo
chuvas torrenciais, ventos destrutivos e inundações generalizadas em grande
parte do país. O tufão saiu da Filipinas em 6 de novembro de 2025, mantendo sua
força como tufão.
ATÉ 7 DE NOVEMBRO, ESTIMA-SE
QUE;
2,4 milhões de pessoas (680.431 famílias)
foram afetadas em oito regiões. Destas, 302.008 pessoas (83.139 famílias) estão
atualmente em 2.936 centros de evacuação, enquanto 75.325 pessoas (22.184
famílias) estão temporariamente abrigadas com parentes ou amigos.
MORTES E FERIDOS
O Conselho Nacional de
Redução e Gestão de Riscos de Desastres (NDRRMC) registrou 153 mortes, 135
feridos e 86 desaparecidos, principalmente nas Regiões 6 (Visayas Ocidental), 7
(Visayas Central) e 8 (Visayas Oriental), devido a graves inundações e
deslizamentos de terra.
IMPACTO E ÁREAS AFETADAS
As chuvas fortes a intensas
causaram inundações em pelo menos 41 municípios e deslizamentos de terra em
várias províncias. Mais de 12.600 casas foram danificadas (487 totalmente e
12.190 parcialmente).
As províncias de Cebu, Ilhas
Dinagat, Leyte e Surigao del Norte estão entre as mais afetadas. Cebu registrou
111 mortes e mais de 87.000 famílias desabrigadas ainda em locais de evacuação
após inundações urbanas generalizadas.
Nas Ilhas Dinagat,
aproximadamente 36% da população foi deslocada, com danos significativos à
infraestrutura e interrupções no fornecimento de água, saneamento e higiene Leyte
e Biliran sofreram extensas inundações, contaminação da água e consequentes
alertas de saúde devido ao saneamento precário e à água parada.
DANOS A INFRAESTRUTURA
Estimativas preliminares
indicam danos à infraestrutura, perdas agrícolas afetando mais de 600
agricultores e pescadores e mais de 460 hectares de terras cultiváveis.
AS INSTALAÇÕES EDUCACIONAIS
TAMBÉM SOFRERAM GRANDES DANOS.
Em cinco regiões, cerca de
1,9 milhão de alunos e 79 mil funcionários da educação foram afetados, com
3.478 escolas públicas relatando suspensão de aulas. Pelo menos 412 escolas em
sete regiões foram convertidas em centros de evacuação, abrigando temporariamente
famílias desabrigadas.
Uma avaliação rápida dos
danos identificou 1.975 salas de aula com danos leves, 737 com danos graves e
548 totalmente destruídas.
INTERRUPÇÕES NOS SERVIÇOS
ESSENCIAIS
A tempestade causou graves
interrupções nos serviços essenciais, deixando muitas áreas sem energia
elétrica, água e comunicações, enquanto os centros de evacuação superlotados e
os ambientes contaminados pelas enchentes continuam a aumentar os riscos à
saúde e à segurança das populações afetadas.
O Kalmaegi atingiu as Filipinas em um momento
de fragilidade. O país lida com uma sucessão de desastres naturais nos últimos
meses, entre eles, terremotos e tempestades. Em setembro, o supertufão Ragasa
atingiu o norte de Luzon, provocando rajadas de ventos, chuvas torrenciais e a
suspensão de atividades governamentais e escolares.
SITUAÇÃO NO VIETNÃ
Pelo menos cinco pessoas
morreram no Vietnã depois que o tufão Kalmaegi atingiu regiões costeiras com
ventos destrutivos e chuvas intensas, disseram autoridades nesta sexta-feira
(7), após a passagem da tempestade pelas Filipinas.
O tufão tocou o solo na noite
de quinta-feira na costa central vietnamita —já devastada pela tempestade e de
onde milhares de pessoas haviam fugido—, arrancando árvores, danificando casas
e provocando blecautes, antes de enfraquecer ao avançar para o interior.
DANOS MATERIAIS
As autoridades locais ainda
avaliavam os danos na manhã de sexta-feira, mas o governo informou que pelo
menos cinco pessoas morreram e 57 casas foram destruídas em Gia Lai e na região
vizinha de Dak Lak.
No país, cerca de 2.800
residências sofreram danos, e 11 embarcações afundaram, segundo as autoridades.
A empresa estatal de energia
elétrica informou que 1,6 milhão de pessoas ficaram sem eletricidade quando o
tufão atingiu a costa central, mas um terço do serviço foi restabelecido até a
manhã de sexta-feira.
O governo mobilizou 268 mil
soldados para operações de busca e resgate e emitiu alertas sobre possíveis
inundações que poderiam afetar as chamadas Terras Altas Centrais —principal
região produtora de café do país—, embora comerciantes tenham relatado que as
plantações permaneceram intactas.
O tufão perdeu força ao
avançar pelo interior, mas ainda são previstas chuvas fortes para grande parte
da costa central, segundo o serviço meteorológico nacional.
O fenômeno atingiu o Vietnã
enquanto o país se recuperava de uma semana de inundações e chuvas recordes que
já haviam deixado 47 mortos.
O país asiático está
localizado em uma das regiões tropicais mais ativas do planeta em termos de
ciclones e registra, em média, dez tufões ou grandes tempestades por ano. O
Kalmaegi, porém, foi o 13º de 2025, refletindo uma temporada mais intensa que o
habitual.
Fontes: OCHAPosted 7 Nov 2025; Folha de São Paulo - 7.nov.2025
O furacão Melissa
atingiu o solo da Jamaica nesta terça-feira (28) como um fenômeno de categoria
máxima, segundo o Centro Nacional de Furacões dos EUA. Mais cedo, a Organização
Meteorológica Mundial (OMM) afirmou que espera uma situação catastrófica no país
caribenho, em decorrência das rajadas de vento superiores a 300 quilômetros por
hora, sendo a pior tempestade a atingir a ilha neste século. A costa da cidade
de New Hope, a oeste do país, foi a primeira região atingida pelos ventos.
Ondas de até quatro metros de
altura são esperadas, com precipitação que deve ultrapassar 700 mm, cerca do
dobro da quantidade normalmente esperada durante toda a estação chuvosa.
"Isso significa que haverá inundações repentinas e deslizamentos de terra
catastróficos".
A maioria dos jamaicanos
ficou sem acesso à internet, e os principais aeroportos foram fechados,
dificultando o trabalho das autoridades para avaliar a dimensão dos danos. O
governo afirmou que o país é uma "zona de desastre" e que os
moradores devem permanecer protegidos devido ao risco de inundações e
deslizamentos de terra.
Fotos e vídeos compartilhados
nas redes sociais mostravam estradas e carros destruídos, além de árvores e
destroços de telhados arrancados pelos ventos. O aeroporto de Montego Bay ficou
com áreas de espera alagadas, vidros quebrados e tetos desabados.
Os locais, importantes pontos
turístico do país, foram severamente atingidos. Resorts foram parcialmente
destruídos, assim como o aeroporto.
O furacão Melissa atingiu
Cuba na madrugada de quarta-feira (29), com ventos chegando a 195 km/h, segundo
o Centro Nacional de Furacões dos EUA (NHC, na sigla em inglês), após deixar um
rastro de destruição na Jamaica.
Segundo dados da
Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA), o
Melissa tornou-se o furacão mais forte a atingir o solo na costa do Atlântico
em 90 anos.
Situação
Jamaica
As autoridades relataram 19
mortes, 96 feridos, confirmados, inundações generalizadas e danos
significativos à infraestrutura, 05
hospitais afetados, deixando mais de 460.000 pessoas sem energia elétrica.
Haiti
No Haiti, o número de mortos relatados
23, e muitos ainda estão desaparecidos após chuvas torrenciais e inundações de
rios, particularmente em Petit-Goâve.
República Dominicana,
Na República Dominicana, o
furacão causou inundações e deslizamentos de terra que colocaram vidas em
risco, afetando mais de 60.000 pessoas.
Foram registrados 13
estabelecimentos de saúde afetados por falhas elétricas, limitações de acesso e
inundações em outras províncias.
32 sistemas de abastecimento
de água potável fora de operação em nível nacional, por altos níveis de
turbidez da água..
Cuba
Em Cuba, mais de 60.000 casas
foram total ou parcialmente destruídas, enquanto milhares continuam sendo
evacuadas devido ao alto risco de novas inundações e deslizamentos de terra.
Foram relatados danos em mais
de 40.000 hectares de plantações, principalmente de banana. Mais de 40% da
produção de hortaliças foi danificada, limitando a disponibilidade e o acesso a
alimentos.
Pelo menos 287 instituições
de saúde foram afetadas, com danos em telhados e estruturas internas, além da
perda de equipamentos médicos essenciais.
Quase 600 centros
educacionais (dos 2.729 localizados nos 29 municípios mais afetados) sofreram
danos na infraestrutura.
Mais de 700 mil crianças em
todo o Caribe, foram afetadas pelo furacão, segundo a UNICEF. Fonte - OCHAPublicado1 de novembro de 2025; Cuba, Hurricane Melissa - Flash
Update No. 4 November 2, 2025
COMO LIDAR COM ONDAS DE CALOR CADA VEZ MAIS FREQUENTES?
Temperaturas extremamente
altas comprometem a saúde, desestabilizam a sociedade e paralisam
infraestruturas. O mundo conseguirá se adaptar a essa tendência?
Pessoas em todo o mundo estão
enfrentando temperaturas escaldantes causadas pelas mudanças climáticas.
No Brasil, o inverno nem
terminou, e a sexta onda de calor do ano deve atingir nos próximos dias o
Centro-Oeste, Nordeste e Norte, além de áreas do Sudeste e do Sul, como o
interior de São Paulo e de Minas Gerais e o norte do Paraná.
No verão europeu deste ano,
as mudanças climáticas fizeram triplicar o número de mortes decorrentes do
calor, segundo uma análise publicada nesta semana por pesquisadores do Imperial
College e da Escola de Higiene e Medicina Tropical, ambas situadas em Londres.
Das 24,4 mil mortes causadas por calor neste ano no continente, 68%
provavelmente (16,5 mil) não teriam ocorrido se ondas de calor extremo não
estivessem cada vez mais frequentes, apontam os especialistas.
IMPACTO NAS PESSOAS E NAS
SOCIEDADES
As ondas de calor são o tipo
de clima extremo mais mortal em todo o mundo, com centenas de milhares de
pessoas morrendo todo ano por causas relacionadas ao calor. Entre os mais
vulneráveis estão pessoas com mais de 65 anos, mulheres grávidas, crianças e
pessoas com doenças crônicas ou pré-existentes.
As primeiras ondas de calor
no início da estação são particularmente mortais, pois as pessoas geralmente
estão menos preparadas e seus corpos ainda não se acostumaram às temperaturas
mais altas.
Existem três riscos físicos
principais associados às ondas de calor: desidratação, superaquecimento, e
exaustão por calor e insolação.
O calor intenso não afeta
apenas o corpo, mas também perturba a sociedade como a conhecemos. A Unicef
(Fundo das Nações Unidas para a Infância e Adolescência) afirma que uma em cada
cinco crianças —cerca de 500 milhões no total — vive em áreas que têm pelo
menos o dobro de dias extremamente quentes por ano em comparação com seis
décadas atrás. Muitos não têm infraestrutura, como ar-condicionado, para ajudar
a lidar com o calor.
Em maio, o Paquistão passou
por uma onda de calor em todo o país, com temperaturas chegando a 45 °C na
província mais populosa do país, Punjab. Várias outras reduziram o horário
escolar ou anteciparam as férias de verão. Ondas de calor também interromperam
as aulas no Sudão do Sul e nas Filipinas este ano.
Da mesma forma, o calor
extremo afeta o horário de trabalho das pessoas. Alguns países nas regiões mais
quentes do mundo tradicionalmente fazem uma pausa depois do almoço para a
sesta. Agora, outros em locais normalmente mais frios também estão discutindo
como gerenciar o horário de trabalho quando as temperaturas sobem demais.
Infraestruturas como
estradas, ferrovias e pontes são afetadas pelo calor excessivo. Superfícies de
estradas de asfalto padrão, que não são feitas para climas quentes, tendem a
formar sulcos e podem literalmente derreter, enquanto trilhos ferroviários
podem entortar e pontes podem se expandir e deformar.
MUDANÇAS CLIMÁTICAS NO CENTRO
DO PROBLEMA
Dando continuidade a uma
tendência, 2024 foi o ano mais quente já registrado. Com base em dados
internacionais, a Organização Mundial Meteorológica (OMM) informou recentemente
que todos os anos da última década estão entre os dez mais quentes já
registrados.
"Não tivemos apenas um
ou dois anos com temperaturas recordes, mas uma série completa de dez anos.
Isso foi acompanhado por condições climáticas devastadoras e extremas, aumento
do nível do mar e derretimento do gelo, tudo impulsionado por níveis recordes
de gases de efeito estufa devido às atividades humanas", afirmou a
secretária-geral da OMM, Celeste Saulo.
As mudanças climáticas
causadas pelo homem aumentaram a frequência e a intensidade das ondas de calor
desde a década de 1950. Cada fração de grau de aquecimento é importante e fará
com que elas se tornem ainda mais fortes e ocorram com mais frequência.
O carvão, o petróleo e o gás
são, de longe, os principais responsáveis pelas mudanças climáticas. Quando
esses combustíveis fósseis são queimados para alimentar motores de combustão,
gerar eletricidade, fabricar plásticos e aquecer casas, eles liberam gases de
efeito estufa. Esses gases agem como um cobertor, abafando a atmosfera da
Terra, retendo o calor do sol e contribuindo para o aumento das ondas de calor.
O calor extremo também pode
levar a um risco maior de outros tipos de desastres, como secas e incêndios
florestais, que tiveram recorde de destruição em 2024.
O QUE FAZER?
Especialistas em saúde
aconselham as pessoas a ficarem longe do calor sempre que possível, evitar
atividades extenuantes e beber bastante líquido, exceto álcool e cafeína.
As casas podem ser protegidas
até certo ponto com persianas ou cortinas fechadas. O ideal é fechar as janelas
durante as horas mais quentes, e abri-las para ventilar a casa nas horas mais
frescas.
Usar roupas de cores claras
que refletem o calor e a luz solar pode ajudar, assim como ventiladores
elétricos, se a temperatura ambiente estiver abaixo de 35 °C.
Estratégias de longo prazo
para tornar o calor mais suportável incluem tornar as cidades mais resilientes
às mudanças climáticas, com espaços verdes e plantio de árvores ao longo das
ruas. Isso não só fornece sombra, mas também reduz o calor retido no concreto.
De modo geral, especialistas
afirmam que impulsionar a transição para a energia verde através da utilização
de fontes renováveis é fundamental no desafio global de reduzir as
temperaturas.
Em 2024, 40% da eletricidade
mundial foi gerada a partir de energias renováveis. A energia solar foi o
principal impulsionador dessa tendência, de acordo com um relatório do think
tank global de energia Ember. Fonte: DW-quinta-feira, 18 de
setembro de 2025
CAMARÕES RADIOATIVOS: EUA DETECTAM CÉSIO EM PRODUTO IMPORTADO DA INDONÉSIA
O governo
indonésio reforçou os controles em uma zona industrial na ilha de Java, onde
uma fonte de contaminação radioativa foi recentemente detectada, afetando um
carregamento de camarões exportados para os Estados Unidos, informou o porta-voz.
A administração de saúde dos
EUA anunciou em agosto que havia recolhido pacotes de camarão congelado
importados da Indonésia após descobrir que estavam contaminados com o isótopo
radioativo césio 137.
Após o início de uma
investigação, descobriu-se que a fonte de contaminação estava em uma área
industrial em Cikande, 60 km a oeste de Jacarta.
Pelo menos 22 instalações
naquela área estão contaminadas, disse Bara Hasibuan, porta-voz da célula de
crise criada pelo governo.
"Estamos reforçando as
restrições de circulação na área e continuamos as buscas para inspecionar a
instalação onde a contaminação pode ter ocorrido", explicou.
Funcionários da área e
moradores próximos foram examinados por médicos e nove pessoas testaram
positivo para césio 137, de acordo com Bara Hasibuan.
O porta-voz afirmou que o
governo indonésio imporá restrições à importação de sucata suspeita de ter
causado a contaminação. Fonte: UOL - 08/10/2025